quarta-feira, 5 de maio de 2010

A DECISÃO DOS JOVENS

É muito comum encontrarmos jovens preocupados com o seu futuro. Quem de nós nunca conversou com jovens cheios de indecisões, angústias, incertezas, dúvidas e, ao mesmo tempo com grandes perspectivas? Quem nunca viu pais preocupados com a escolha vocacional ou profissional dos seus filhos? Os filhos tentam realizar o sonho, acertar na vida e os pais influenciam, incentivam, reclamam, provocam e acabam torcendo para que o filho seja feliz na escolha.

Ainda quando estão cursando o Ensino Médio, com o rosto florido de espinhas, os jovens sentem o desafio de enfrentar as exigências do mundo. São convocados a se especializarem em múltiplos cursos para conquistar um lugar decente na sociedade. A luta começa na adolescência, torna-se uma grande viagem interior e acaba quando os jovens sabem escolher com coragem e bom gosto o caminho que desejam seguir.

A grande decisão raramente é tomada durante a adolescência e sim depois de terem vivido uma, duas ou mais experiências, ou seja, já com uma certa maturidade emocional. Muitos jovens decidem começar uma faculdade e, depois de certo tempo, resolvem trocar porque perceberam que a opção não tinha sido consciente. Isso também acontece no mercado do trabalho. Muitos jovens mudam de trabalho com freqüência. Buscam um lugar que melhor atenda suas necessidades, seus desejos.

Essas mudanças são positivas, necessárias e importantes, pois motivam ainda mais o ser humano e também porque a vida é dinâmica, precisa ser desafiada para evoluir. Não pode ser estática. É próprio dos jovens buscar a novidade, o diferente, aquilo que mais os atrai no momento, renovar as opções para encontrar o caminho autêntico. Como nos ensina Gandhi: “Se queremos progredir, não devemos repetir a história, mas fazer uma história nova”.

Os jovens se adaptam com muita facilidade aos novos caminhos. A vida só tem sentido se for preenchida com motivações que nos realizam, tanto vocacional como profissionalmente.

Muitas alternativas são oferecidas, porém, nem todas são opções fáceis. Muitos tentam seguir a profissão dos pais que tiveram sucesso. Outros buscam uma profissão que anda na moda, que tenha um mercado de trabalho promissor, ou seja, em que consigam receber um bom dinheirinho. Há, também, os que escolhem um caminho de que gostem e no que se sintam felizes, apesar de não ser muitas vezes tão bem reconhecido pela sociedade. E, ainda, há os que abraçam com alegria o chamado de Deus como um serviço de gratuidade e amor aos mais necessitados e são felizes e realizados no caminho escolhido.

É bem verdade que a escola, as lideranças políticas e comunitárias e, acima de tudo, os pais têm uma importância grande quanto ao futuro dos filhos. Entretanto, é o próprio jovem que tem o compromisso e o direito de buscar novas alternativas de viver bem, conforme suas afinidades, gostos, aptidões profissionais.

É preciso caminhar e acreditar que sempre é possível descobrir aquilo que nos falta, e que nos realize interiormente mesmo que custem sacrifícios e renúncias. Só assim, a conquista será vitoriosa, pois como diz o ditado: “Mais vale a lágrima da derrota, do que a vergonha de não ter lutado, por isso luta por tudo aquilo que sonhaste, mesmo que te custe uma lágrima derramada”.

Pe. Paulo Rogério Caovila, cs.
paulocaovila@uol.com.br
Fone: (11) 2273 9214 ou 2063 1492
www.escalabrinianos.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário