quarta-feira, 5 de maio de 2010

A QUEM DAREI MEU CORAÇÃO?

Pe. Paulo Rogério Caovila. cs
Quem de nós nunca se perguntou um dia: a quem darei o meu coração? Quem é digno de receber meu coração? Quem irá cuidar dele? A quem poderei entregá-lo, tendo uma profunda tranqüilidade e paz?

Diante de tantos caminhos que a vida nos oferece, muitas vezes não sabemos responder. Ficamos vazios e indecisos, esperando que a vida nos mostre um caminho e não procuramos fazer da nossa vida um caminho para decidir com clareza o chamado de Deus.

Deus começa nos chamando à vida e a partir do nascimento nos dá o direito de conquistarmos a plena felicidade. Deus quer que tenhamos uma vida feliz. Quer que sejamos capazes de descobrir nossa vocação que se fortalece com a graça do batismo, o qual nos concede outras tantas outras missões. Deus nos chama, o mestre Jesus Cristo nos escolhe e o Espírito Santo nos envia. Por isso, é que todos nós somos fruto de uma eleição divina (Ex 3,10.16; Is 6,9; Jr 1,7; Mc 3,13; Lc 9,57-62; Jo 6,44).

É bem verdade que Deus nos chama de formas e idades tão diferentes. O profeta Jeremias (1,4-10), por exemplo, foi escolhido por Deus para ser profeta ainda antes de nascer. Outros sentiram-se chamados numa idade mais adulta. Entretanto, é no período da adolescência e da juventude que o chamado vocacional se faz sensível. É neste período que mais aflora o questionamento vocacional. É neste período que nasce o impulso de um novo protagonismo de vida em vista de um futuro realizado.

Na vida existem várias oportunidade que nos favorecem um verdadeiro discernimento e amadurecimento vocacional. Para isso precisamos dar espaço para que Deus nos fale. É preciso buscar um discernimento sincero e coerente para que nossa vida tenha um sentido todo especial nas mãos do nosso Criador e assim poder afirmar: “De lá, então, você buscará ao Senhor seu Deus e, se o procurar com todo o coração e com toda a alma você o encontrará ... e obedecerá à voz Dele.” (Dt 4,29-30).

É preciso partir sem medo e descobrir o rosto do Cristo jovem, humano, filho de Deus, o “filho do carpinteiro”, o mestre de Nazaré vocacionado do Pai, o amigo de todos, aquele que é capaz de despertar em nós sentimentos nobres de esperança, amor, partilha, solidariedade, oração, fraternidade, de doação pelo outro e de salvação eterna. É preciso doar a nossa vida por uma causa maior. Enriquecer-se espiritualmente para que como jovens maduramos saibamos dar sentido à vida.

No mundo de hoje encontramos muitos jovens sem ideais para lutar, sem saber o querem ser na vida. Também, vemos outros tantos que buscam viver com responsabilidade o compromisso com o futuro. E encontramos jovens fascinado por Jesus Cristo, o Caminho, Verdade e Vida, que entregam seu coração a Deus e lutam sensibilizados servindo aos pobres e aos carentes, fazendo parte da comunidade dos batizados que constroem um mundo novo, maneira pela qual estão ganhando a própria vida, “pois, quem quiser salvar sua vida, vai perdê-la; mas, quem perde a sua vida por causa de mim vai encontrá-la” (Mt 16,25).

O jovem rico em Mt 19,16ss desejava alcançar a vida eterna, mas também os bens terrenos. Seu coração era das riquezas. Não tinha um coração aberto e receptivo para crer em Jesus. Faltava-lhe a compreensão e o conhecimento da pessoa simpática e coerente de Jesus Cristo. E eu aonde desejo colocar o meu coração? De onde vem minha alegria? Tenha coragem, seu coração merece ser feliz. Tudo depende das suas escolhas, dos caminhos que você optar.

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